segunda-feira, 22 de agosto de 2016

SOBRE QUANDO ACORDEI...

Não sou a pessoa mais inspirada do universo e por isso, na maior parte das vezes, procuro textos e poemas de terceiros para postar aqui.
Hoje acordei querendo me expressar, dizer como me sentia e tal e coisa e coisa e tal.
Adivinhe só? Não encontrei nenhum texto condizente com a minha realidade.
Em todos eles, eu sempre acordava antes que você, e isso é humanamente impossível.
Quisera eu acordar antes para ficar contemplando a sua beleza, divagando em pensamentos poéticos e cheios de romantismo... pois com certeza já teria diversos poemas e textos prontos para expressar-me sem dificuldade.
Mas não... simplesmente não é possível. Eu sou sempre a última  a acordar e nenhum deles transcreve o que preciso.
Alguns deles também comentavam sobre ofertar um ótimo café da manhã como forma de demonstrar afeto e tudo o mais...
Veja, eu adoraria, de coração! Mas... isso implica levantar mais cedo e antes que você... o que também não me parece muito viável.
Que tal um McCafé? Posso tentar levantar no horário para sairmos em horário adequado e tomarmos o café no trânsito?!? Afinal, Mc e você tem tudo a ver. Pode parecer nada romântico essa programação mas que é cheia de simbolismo, isso é! (ao menos, eu acho... )
O fato é que, não tem versos prontos. Como faz?!?
Talvez algum dia que você durma antes que eu, eu possa te observar e devanear... mas de qualquer forma, não vai ser um texto sobre como acordei, e sim, como eu fui dormir. E também já não se enquadraria aqui.
O fato é que o que eu quero dizer não está pronto e expressar-me por conta própria não é meu forte.
De qualquer forma, permita-me tentar, mas não crie expectativas, se for possível.
Hoje quando acordei, eu não queria acordar.
Levantei, sem querer levantar.
Com toda aquela animação matinal,
Aquela cheia de preguiça e nada aparente.
O relógio insiste em contar o tempo
E nós temos que ir.
Pé na estrada, para mais um dia.
O seu, cheio de preguiça..
E o meu... cheio de inveja do seu.
E é agora, no meio do caminho
Que eu começo a observar
Os contornos do seu rosto
O brilho dos seus olhos
Seu sorriso que tem iluminado meus dias
Seu jeito concentrado de dirigir, mas não muito.
Seguido da bronca sobre a minha co-pilotagem
Coisas que parecem rotineiras
Mas não para nós, não para mim.
E de repente, me pego pensando
"E agora, josé?"
a festa está quase acabando...
a luz está quase apagando...
e você está quase partindo...
e a noite vai continuar fria..
"E agora, josé?
E agora, você?"
(Sim, eu tenho tendência ao exageiro e ao drama)
A sensação de ter você perto é muito boa
Mas sabemos que a realidade de amanhã vai ser diferente.
Toda aquela mansidão que eu tinha
Acabou-se quando nossos lábios se tocaram pela primeira vez.
"Você acelerou minha calma"
E me deixou descompassada
Bagunçou o meu ritmo
E eu estou perdida nas suas notas.
E preocupada com a regência.
Afinal, quando o maestro for embora,
Como ficará essa sinfonia?

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