terça-feira, 15 de setembro de 2020

Texto de Iandê Albuquerque

Quantas vezes eu me vi em pedaços e mesmo assim, insisti em continuar em relações que acabavam comigo, em troca de um amor que prometiam? quantas vezes eu sabia que aceitar que certas pessoas ficassem em minha vida, não me curaria de nada, mas sim, me traria ainda mais machucados e mesmo assim, eu me permitir passar por isso?


eu já errei muito comigo até aqui.
e talvez, ainda erre algumas vezes.
mas espero sempre lembrar que eu preciso escolher a mim.

e eu não quero mais olhar pra trás e me ver pedindo socorro, enquanto eu sigo dando as mãos para quem nunca se importou comigo.

eu não quero mais ter que carregar comigo os machucados que a insistência me traz, eu prefiro seguir em frente e sentir a dor de me ver sozinho mais uma vez, porque eu sei que quando passar, eu vou entender o que o meu amor é capaz de fazer. eu vou entender que eu tenho potencial pra me reconstruir, e que terei orgulho de cada nova parte de mim.

eu não quero mais alimentar a falsa sensação de ser importante pra alguém, só porque eu aceito qualquer coisa por medo de não conseguir nada além disso.

eu quero e vou me olhar com mais respeito e cuidado, eu quero e vou reagir a qualquer pessoa, sentimento e relação que tente me tirar de mim.
eu quero sentir o amor latente em meu peito e todas as reações boas que o amor pode me proporcionar, porque eu mereço.

eu quero ter atenção com aquilo que ofereço, e principalmente com o que aceito receber do outro, quero não mais me submeter a relações desonestas, e nunca mais antes de dormir duvidar da minha capacidade só porque alguém partiu, ou não fez o que eu gostaria de receber.

eu quero poder fazer por mim aquilo que gostaria que os outros fizessem, e que isso se torne tão natural que eu não precise me diminuir, me culpar, ou me desgastar só em pensar na possibilidade de cobrar ao outro o que deveria ser espontâneo.

eu quero caminhar ao meu lado e que a relação comigo mesmo seja leve, pra que quando for pesado com alguém eu saiba exatamente o que fazer.

ficar comigo e partir do outro.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Choro

tem horas que bate uma tristeza tão grande
eu não sei o que fazer e nem pra onde ir
É tanta coisa que eu queria dizer
mas não tem ninguém para ouvir
então choro sem ninguém ver...
Eu choro...
E aos poucos vou aprendendo que não há vergonha nenhuma nisso.
E que a fraqueza está, não em quem chora, mas em quem insiste em viver isentando-se de sentir!